Há dias assim… Como o Sérgio dizia que «Brinda-se aos amores com o vinho da casa», olho as notas escritas que o José Afonso apontou para os seus «Cantares»: «Fiz muitas viagens a Olhão, minha terra adoptiva. A meio do caminho da Fuzeta, entre Olhão e Marim, a vila vai-se adelgaçando, a viagem toma-se mais rápida e ruidosa, devido ao vento que entra pelas janelas. Pode-se berrar sem que ninguém nos ouça. Foi assim que nasceu esta crónica rimada. Servida pela cadência mecânica do “pouca¬terra”, versa um tema alusivo às vicissitudes por que passa o mexilhão quando o mar bate na rocha. A culpa não é do mar.» Ainda lembrar o Eça a, ouvir o toque horroroso da campainha do moço da tipografia, depois a subir as escadas, sobretudo quando ele usa botas, sentir o ranger, o artigo prometido que entrou pela porta do esquecimento e, de repente, ocorrer que há sempre um Bei em Tunes para matar… Mas, como diz um comentador da sua última crónica; «Sim, sigamos em frente.»
Há dias assim…
ResponderEliminarComo o Sérgio dizia que «Brinda-se aos amores com o vinho da casa», olho as notas escritas que o José Afonso apontou para os seus «Cantares»:
«Fiz muitas viagens a Olhão, minha terra adoptiva. A meio do caminho da Fuzeta, entre Olhão e Marim, a vila vai-se adelgaçando, a viagem toma-se mais rápida e ruidosa, devido ao vento que entra pelas janelas. Pode-se berrar sem que ninguém nos ouça. Foi assim que nasceu esta crónica rimada. Servida pela cadência mecânica do “pouca¬terra”, versa um tema alusivo às vicissitudes por que passa o mexilhão quando o mar bate na rocha. A culpa não é do mar.»
Ainda lembrar o Eça a, ouvir o toque horroroso da campainha do moço da tipografia, depois a subir as escadas, sobretudo quando ele usa botas, sentir o ranger, o artigo prometido que entrou pela porta do esquecimento e, de repente, ocorrer que há sempre um Bei em Tunes para matar…
Mas, como diz um comentador da sua última crónica;
«Sim, sigamos em frente.»