MEDITAÇÃO DE SEXTA: «Longe do mundo*»
(...) Lembrei-me depois de Camilo Castelo Branco e da sua copiosa produção literária, que a vida custa a todos (ou, pelo menos, à maioria).
Tomando-o por mestre – e mestre moderníssimo: que se lixem tanto os achaques românticos como os rigores do realismo! –, poderia agora, parodiando Eusébio Macário, um Macário agrário e não boticário, está bem de ver, reproduzir com minúcia a lista das distintas variedades de figueiras do Algarve – perfazem, segundo leio, oitenta e cinco –, o que decerto serviria para despachar pelo menos meia crónica, e isto no caso de poupar o leitor à caracterização morfológica das suas variedades, inventariando-lhes apenas os nomes próprios, alguns de sonoridades manifestamente pitorescas, como bilharda, colhão do mundo, sacristão da luz, cu de burro, bacorinha ou orelha de mula.
Inacreditável!...
ResponderEliminarA ignorância e a incapacidade... a prefaciar um livro de Aquilino Ribeiro: "Mestre da Língua como nenhum outro escritor do século XX".
Inacreditável, mas verdadeiro.
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