MEDITAÇÃO DE SEXTA «Cassandra, de novo»
«(...) À imagem da má literatura – quanto mais medíocre, mais enfática e mais sentimental – a linguagem pública da comunicação vai reduzindo o vocabulário enquanto insufla de ideias e sentimentos (vazios).
Nazismo, genocídio, limpeza étnica, discursos de ódio, direitos das minorias, fascistas, empatia, alterações climáticas, resiliência… Uma amálgama de consoantes e vogais arremessadas a gosto, uma cacofonia vocabular inconsequente, sempre proferida de mão no peito e voz altaneira. Em contraponto simétrico: mão no peito e olhar choroso, como carpideiras que choram os mortos profissional e estridentemente, enquanto os familiares do defunto afogam as lágrimas no silêncio. (...)»
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