Ana Cristina Leonardo nasceu em Olhão e conta que o pai, sem simpatia alguma pelos americanos, após o fim da guerra estava às voltas com discussões em que já se discutia que um automóvel era coisa boa para os portugueses. O pai para a assembleia: «Calma, primeiro uma bicicleta a pedais para cada português. Depois os Cadillacs.
Nas notas escritas para os seus «Cantares», José Afonso escreveu: «Fiz muitas viagens a Olhão, minha terra adoptiva. A meio do caminho da Fuzeta, entre Olhão e Marim, a vila vai-se adelgaçando, a viagem toma-se mais rápida e ruidosa, devido ao vento que entra pelas janelas. Pode-se berrar sem que ninguém nos ouça. Foi assim que nasceu esta crónica rimada. Servida pela cadência mecânica do “pouca¬terra”, versa um tema alusivo às vicissitudes por que passa o mexilhão quando o mar bate na rocha. A culpa não é do mar.»
Gosto das suas crónicas no «Público». Gostava das suas crónicas no «Expresso.» O mesmo com as crónicas de Manuel S. Fonseca. Foram ambos saneados do semanário apelidado de referência. Não sei as razões – também não quero saber, já tenho chatices suficientes… - apenas sei que deixaram por lá uma série de alguns ditos-cronistas-idiotas – bom proveito lhes faça.
Ora bem, os estorninhos continuam a assobiar atrás dos livros.
ResponderEliminarUm bom Natal.
ResponderEliminarAna Cristina Leonardo nasceu em Olhão e conta que o pai, sem simpatia alguma pelos americanos, após o fim da guerra estava às voltas com discussões em que já se discutia que um automóvel era coisa boa para os portugueses.
ResponderEliminarO pai para a assembleia:
«Calma, primeiro uma bicicleta a pedais para cada português. Depois os Cadillacs.
Nas notas escritas para os seus «Cantares», José Afonso escreveu:
«Fiz muitas viagens a Olhão, minha terra adoptiva. A meio do caminho da Fuzeta, entre Olhão e Marim, a vila vai-se adelgaçando, a viagem toma-se mais rápida e ruidosa, devido ao vento que entra pelas janelas. Pode-se berrar sem que ninguém nos ouça. Foi assim que nasceu esta crónica rimada. Servida pela cadência mecânica do “pouca¬terra”, versa um tema alusivo às vicissitudes por que passa o mexilhão quando o mar bate na rocha. A culpa não é do mar.»
Gosto das suas crónicas no «Público». Gostava das suas crónicas no «Expresso.» O mesmo com as crónicas de Manuel S. Fonseca. Foram ambos saneados do semanário apelidado de referência. Não sei as razões – também não quero saber, já tenho chatices suficientes… - apenas sei que deixaram por lá uma série de alguns ditos-cronistas-idiotas – bom proveito lhes faça.
Mário Sérgio, muito obrigada!
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