MEDITAÇÂO DE SEXTA: «CHAMEM O MISTER PHELPS»
«A propaganda, que sempre existiu sob diversas formas desde que os homens se assumiram como lobos dos homens, o que terá sido muitos anos antes de Plauto ter cunhado a expressão — note-se como até hoje Caim tem uma fama desgraçada, enquanto Abel nos é sempre apresentado como o bom da fita —, tornou-se nos nossos dias avassaladora dada a rapidez (e eficácia) com que é disseminada em rede.
A decisão de censurar os meios de comunicação russos veio ajudar à festa e, feita em nome do bem e para nos poupar a lavagens cerebrais, foi recebida com aplausos mesmo por quem, em princípio e por princípio, se oporia a métodos censórios. Já agora, e a propósito, recorde-se como o ataque terrorista do 11 de Setembro aos Estados Unidos reeditou na altura a discussão, que se julgaria encerrada, sobre a legitimidade da tortura. (...)»
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