Os tais do batalhão Azov, antes da invasão da Ucrânia reconhecidamente um grupo de extrema-direita que professava uma ideologia neo-nazi, passaram a heróis.
Face à desculpa esfarrapada de Putin que entrou por ali adentro a pretexto da "desnazificação" da Ucrânia, uma data de gente desatou a esquecer o que eram os moços do Azov que, de neo-nazis, se viram arvorados a corajosos patriotas.
Argumentam alguns, mesmo se não deixam de suspeitar que o tal Batalhão poderá talvez não ser formado por pessoas com quem gostaríamos de tomar o pequeno-almoço, que em tempo de guerra não se limpam armas: qualquer aliança se justifica em nome do bem maior e depois logo se vê.
O que me faz espécie neste raciocíno, e sem recuar ao Pacto Molotov-Ribbentrop abençoado por Staline e Hitler, é que, bem mais perto de nós na linha do tempo, se pareça esquecer o que aconteceu no Afeganistão. É que isto da História haveria de servir para alguma coisa.
Para já não falar da sabedoria intemporal impressa na célebre quadra do poeta Aleixo: Para a mentira ser segura / e atingir profundidade / tem de trazer à mistura / qualquer coisa de verdade.
Derepentemente, enquanto lia, surgiu-me aquilo nos casamentos, em ENG:
ResponderEliminar"something old, something new, something borrowed and something blue" (cont., mas não é preciso)
blue ando eu com esta merda; o que me vale é que desatei a fazer tapetes redondos em trapilho... :))
ResponderEliminarEu é mais cachecóis, multicolores :)))))
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