o mais importante do que ela disse, contudo, foi: não nos tratem como se fossemos estúpidos. sejam honestos e reconheçam que é por razões económicas.
de resto, esteve mt nervosa (talvez), mt titubeante - a indignação é justa, sincera e legítima, mas atrapalhou-se muito na altura de explicar as respectivas razões. o discurso não foi claro quanto a esses argumentos, mas foi mt eficaz pois é tão genuíno que teve com certeza muita força persuasiva.
sem-se-ver, falasse ela com a acertividade da maria de lurdes e eu não acreditaria nela 1 minuto. no estado a que as coisas chegaram, estar "nervosa" é o mínimo que pode acontecer a um ser humano decente.
Há muitos anos que a ouço e vejo. Reparem, que tentaram, "chamá-la" ao Ministério,porque: TINHA ESCRITO UM LIVRO!Pois è enganaram-se.Azar do Nuninho meloso... Ai o Nuninho,esse, andou a "convidar",por esta banda, tudinho muito à pressa,ora pela Sobreda da Caparica,ora em Almada e pelo telefone,tudo o que lhe "cheirasse" a fina flor do entulho ideològico, é o caso do rapazola do CDS,actual secretário de estado da Educação,Jõao Casanova que è uma personagem/professor,"muito bem" entre os seus pares, aqui deste lado...ui,ui, nem Maomè do toucinho!
Excelente! Concordo com quase tudo o que a Maria do Carmo Vieira diz (e di-lo de facto há muito tempo.)
O "nervosismo" é compreensível quando se tem que falar para surdos de evidências mudas vindas de arrogantes intelectualmente desonestos. A estupidez "enerva" - qualquer pessoa sabe isso. E há hordas deles, nos centros de decisão escolar/ministerial/educativo, prontos a contrariar paternalisticamente a inteligência desta mulher com múltiplos "estudos" rasteiros, demagógicos e académicos.
O detalhe do "investiga em quê?" é precioso! Esta gente é caninamente provinciana e ainda vive presa aos diplomas pendurados na parede; mas são desgraçadamente quem decide. Pena que a Maria do Carmo Vieira não tenha, pelo menos, mais tempo de antena, e em horário mais nobre; porque é isso precisamente, parece-me, que ela tenta fazer: restituir aos professores alguma réstia de nobreza.
Muito obrigado, Ana cristina Leonardo, por ter disponibilizado e destacado esta entrevista. Ainda não tinha tido oportunidade de a ver. E merece ser vista. Muito.
«E há hordas deles, nos centros de decisão escolar/ministerial/educativo, prontos a contrariar paternalisticamente a inteligência desta mulher com múltiplos "estudos" rasteiros, demagógicos e académicos. »
cdavid, no ME e nos outros. Ainda hoje o ministro da economia tentava convencer algum papalvo -- para além daqueles quem o escutam com gosto e acenam que sim antes dele falar -- de que há estudos que indicam que as indemnizações por despedimento devem ser mais baixas -- e depois comparou-nos com o resto da Europa sem se rir. A desonestidade e a imoralidade desta gente não tem limites.
sem-se-ver, no que concerne à defesa da inteligência dos professores, o que refere foi o mais importante. Em termos gerais, o mais importante -- e grave -- do que ela disse foi: «eu também já vi escolas a mandarem crianças de ascendência africana para as escolas que eles consideravam piores porque acham que as crianças de ascendência africana eram... era uma atitude racista». Isto é grotesco.
Por falar em grotesco na educação: http://adevidacomedia.wordpress.com/2012/04/19/jota-ene-parte-ii/
(subscrevo as palavras do Miguel, uma por uma. e começo a concordar com algo que a Ana Cristina escreveu há uns tempos: «as pessoas decentes deviam emigrar e deixar isto para os canalhas»)
Carlos Azevedo: É verdade; o exemplo dessa afirmação do ministro da Economia é do mesmo calibre. A absoluta falta de qualquer pingo de vergonha ou honestidade.
O estado de (eventual) "tensão" em que esta professora se encontra vem de um bloqueio resultante da sua revolta e indignação com tanta coisa, que se torna difícil escolher entre tantos exemplos chocantes de que ela terá experiência e conhecimento.
Escolher as palavras acertadas para comunicar esta sua experiência, em tão pouco tempo, pode bloquear o mais comum dos mortais. Acho que dá para sentir um certo desespero contido.
Para mim, ela consegui-o na perfeição. A forma genuína e honesta como ela comunica é mais que esclarecedora do que por cá vai em termos de ensino.
Ainda bem que há gente como ela (que ainda não emigrou!). A luta pode ser mesmo inglória.
E não é gaga:
ResponderEliminar«Eu a esses investigadores e peritos mando-os bugiar!»
«Os sindicatos têm discurso de adolescente.»
«Eu não tenho que ser perita em nada, porque a maior parte dos peritos são uma nulidade.»
«A pedagogia é complementar.»
«O objectivo é canalizar para a escola privada e para quem pode.»
«Há pessoas que se perdem precisamente pela sua condição social.» [é pô-la a falar com a Helena Matos]
«Para quem é, faz-se qualquer coisa.» [idem]
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarEsta mulher é uma lutadora e sem medo, há anos que diz isto.
ResponderEliminarME é surdo!
obrigada, Carlos. já corrigi.
ResponderEliminaro mais importante do que ela disse, contudo, foi: não nos tratem como se fossemos estúpidos. sejam honestos e reconheçam que é por razões económicas.
ResponderEliminarde resto, esteve mt nervosa (talvez), mt titubeante - a indignação é justa, sincera e legítima, mas atrapalhou-se muito na altura de explicar as respectivas razões. o discurso não foi claro quanto a esses argumentos, mas foi mt eficaz pois é tão genuíno que teve com certeza muita força persuasiva.
sem-se-ver, falasse ela com a acertividade da maria de lurdes e eu não acreditaria nela 1 minuto. no estado a que as coisas chegaram, estar "nervosa" é o mínimo que pode acontecer a um ser humano decente.
ResponderEliminarObrigado pela partilha.
ResponderEliminarHá muitos anos que a ouço e vejo.
ResponderEliminarReparem, que tentaram, "chamá-la" ao Ministério,porque: TINHA ESCRITO UM LIVRO!Pois è enganaram-se.Azar do Nuninho meloso...
Ai o Nuninho,esse, andou a "convidar",por esta banda, tudinho muito à pressa,ora pela Sobreda da Caparica,ora em Almada e pelo telefone,tudo o que lhe "cheirasse" a fina flor do entulho ideològico, é o caso do rapazola do CDS,actual secretário de estado da Educação,Jõao Casanova que è uma personagem/professor,"muito bem"
entre os seus pares, aqui deste lado...ui,ui, nem Maomè do toucinho!
A Maria do Carmo Vieira que me perdoe: assertividade!!!! (vou escrever 100 vezes)
ResponderEliminarObrigada, ó gentil anónimo
Excelente! Concordo com quase tudo o que a Maria do Carmo Vieira diz (e di-lo de facto há muito tempo.)
ResponderEliminarO "nervosismo" é compreensível quando se tem que falar para surdos de evidências mudas vindas de arrogantes intelectualmente desonestos. A estupidez "enerva" - qualquer pessoa sabe isso. E há hordas deles, nos centros de decisão escolar/ministerial/educativo, prontos a contrariar paternalisticamente a inteligência desta mulher com múltiplos "estudos" rasteiros, demagógicos e académicos.
O detalhe do "investiga em quê?" é precioso! Esta gente é caninamente provinciana e ainda vive presa aos diplomas pendurados na parede; mas são desgraçadamente quem decide.
Pena que a Maria do Carmo Vieira não tenha, pelo menos, mais tempo de antena, e em horário mais nobre; porque é isso precisamente, parece-me, que ela tenta fazer: restituir aos professores alguma réstia de nobreza.
Muito obrigado, Ana cristina Leonardo, por ter disponibilizado e destacado esta entrevista. Ainda não tinha tido oportunidade de a ver. E merece ser vista. Muito.
a estupidez enerva e de que maneira!
ResponderEliminar«E há hordas deles, nos centros de decisão escolar/ministerial/educativo, prontos a contrariar paternalisticamente a inteligência desta mulher com múltiplos "estudos" rasteiros, demagógicos e académicos.
ResponderEliminar»
cdavid, no ME e nos outros. Ainda hoje o ministro da economia tentava convencer algum papalvo -- para além daqueles quem o escutam com gosto e acenam que sim antes dele falar -- de que há estudos que indicam que as indemnizações por despedimento devem ser mais baixas -- e depois comparou-nos com o resto da Europa sem se rir. A desonestidade e a imoralidade desta gente não tem limites.
sem-se-ver, no que concerne à defesa da inteligência dos professores, o que refere foi o mais importante. Em termos gerais, o mais importante -- e grave -- do que ela disse foi: «eu também já vi escolas a mandarem crianças de ascendência africana para as escolas que eles consideravam piores porque acham que as crianças de ascendência africana eram... era uma atitude racista». Isto é grotesco.
ResponderEliminarPor falar em grotesco na educação: http://adevidacomedia.wordpress.com/2012/04/19/jota-ene-parte-ii/
ResponderEliminar(subscrevo as palavras do Miguel, uma por uma. e começo a concordar com algo que a Ana Cristina escreveu há uns tempos: «as pessoas decentes deviam emigrar e deixar isto para os canalhas»)
Carlos Azevedo: É verdade; o exemplo dessa afirmação do ministro da Economia é do mesmo calibre. A absoluta falta de qualquer pingo de vergonha ou honestidade.
ResponderEliminarO estado de (eventual) "tensão" em que esta professora se encontra vem de um bloqueio resultante da sua revolta e indignação com tanta coisa, que se torna difícil escolher entre tantos exemplos chocantes de que ela terá experiência e conhecimento.
ResponderEliminarEscolher as palavras acertadas para comunicar esta sua experiência, em tão pouco tempo, pode bloquear o mais comum dos mortais. Acho que dá para sentir um certo desespero contido.
Para mim, ela consegui-o na perfeição. A forma genuína e honesta como ela comunica é mais que esclarecedora do que por cá vai em termos de ensino.
Ainda bem que há gente como ela (que ainda não emigrou!).
A luta pode ser mesmo inglória.