21/01/09

Carta aberta aos clientes da Pastelaria

Conta-se – mas provavelmente trata-se de um mito urbano – que Bette Davis, já bem entrada na idade, mandou publicar anúncio pedindo – por amor-de-deus não faria o género dela – que alguém lhe desse trabalho. Não sou a Bette Davis. Desisti da carreira de actriz no dia em que a prof. de Canto Coral me preteriu em favor da Ana Paula – uma anã lambe-botas de gargarejar esdrúxulo –, atribuindo-lhe o papel da Inês Pereira. Também não estou ainda bem entrada na idade, embora subscreva, voluntária, a frase de Groucho Marx: I must confess, I was born at a very early age.
Acrescente-se: sei que dirijo tasco modesto onde o que quer que sirva chegará, no máximo, a cerca de mil leitores; número dos que por aqui passaram em demanda da Moreira, senhora cujo português técnico alagou a Pastelaria.
Quanto à legislação, desconheço-a. Requererá um anúncio particular publicitado num blogue autorização superior? Será deontologicamente correcto? Será contraproducente, empurrando-me para a classe das «pessoas infelizes», aquelas que nem O Segredo conseguirá salvar? Faria melhor em escrever directamente ao Obama? Tentar a Maçonaria?
Ora, que se lixe: «I don't believe in hell. I believe in unemployment». Fora isso tudo bem, como diria o Senhor Comentador.

4 comentários:

  1. Não é nada comigo, deixa-me beber a meia de leite e comer o queque de alfarroba, sossegado...

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  2. É só apareceres em Carnaxide ao fim e bem fim da manhã. Não se trata de concorrência desleal, mas no Centro Cívico há uma pastelaria (cujo nome omito por razões várias, fiufiu...) que serve uns queques de A-L-F-A-R-R-O-B-A, leste bem, espectaculares

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  3. Ah!, encerram ao domingo, não me perguntes porquê, e bastante transtorno me faz, e aos pardais que tomam o pequeno-almoço comigo

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